A Casa Astral, reconhecida por promover iniciativas de valorização do artesanato e da cultura local no Recife, abriu nesta semana inscrições para a seleção de mulheres artesãs interessadas em participar do projeto “FLUXUS – CO-CRIAÇÃO DE SABERES E PRÁTICAS ARTESANAIS FEMININAS”. O objetivo é fortalecer a cadeia produtiva do artesanato na região e dar visibilidade ao trabalho dessas mulheres.
As inscrições estão abertas até o dia 25 de março e visam selecionar cinco mulheres artesãs, que se unirão a outras três residentes da Casa Astral para participar de um ciclo de 11 encontros. Esses encontros, sendo três online e três presenciais, ocorrerão nos meses de abril e maio, tanto na Casa Astral quanto em espaços de acolhimento social na cidade do Recife.
Durante os encontros, diversos temas serão abordados, incluindo discussões sobre políticas públicas, difusão de pesquisas no campo das artes-manuais, compartilhamento de técnicas ancestrais e suas versões contemporâneas, além de experimentações em grupo para co-criação com inovação. Também haverá espaço para a transmissão de saberes utilizando ferramentas digitais.
Guida Gomes, artesã e gestora da Casa Astral, destaca a importância da formação desse grupo de mulheres artesãs, que envolverá participantes de diferentes gerações. Ela ressalta que o objetivo é promover o diálogo sobre trajetórias, métodos, tipos de materiais, contexto social e perspectivas de continuidade dos fazeres artesanais.
As artesãs selecionadas receberão uma bolsa no valor de R$ 1.500, que inclui despesas com transporte, materiais e produções. É importante destacar que as candidatas devem ter disponibilidade para emitir Nota Fiscal para o projeto. A seleção será baseada em critérios como trajetória profissional, criatividade e inovação, relação com técnicas artesanais tradicionais, representatividade racial e LGBTQIAPN+, além da integração em coletivos, redes ou ONGs que trabalham com artesanato.
Com essa iniciativa, a Casa Astral busca promover um ambiente de troca de experiências e conhecimentos, visando a construção coletiva de novas formas de pensar e fazer artesanal, contribuindo para o fortalecimento e a valorização do artesanato local e das mulheres que o produzem.