O Fenerbahçe protagonizou um protesto durante a final da Supercopa da Turquia neste domingo (7), ao colocar em campo sua equipe sub-19 contra o Galatasaray. O clube de Istambul decidiu abandonar a partida após apenas três minutos, em um ato de protesto contra a Associação Turca de Futebol, alegando se sentir prejudicado pela entidade há anos.
O protesto do Fenerbahçe vem em meio a uma série de descontentamentos com a Federação Turca de Futebol. O clube se revoltou especialmente após um tumulto ocorrido em um jogo fora de casa contra o Trabzonspor, no dia 17 do mês anterior, no qual torcedores adversários invadiram o campo e atacaram vários jogadores do Fenerbahçe.
Na semana anterior ao protesto na Supercopa, a federação suspendeu dois jogadores do Fenerbahçe por um jogo devido aos incidentes do jogo contra o Trabzonspor e rejeitou dois pedidos importantes do clube. O primeiro pedido foi o adiamento da final da Supercopa, devido a um compromisso importante do Fenerbahçe pela Liga Europa. O segundo pedido foi para que um árbitro estrangeiro apitasse a partida, alegando tratamento desfavorável por parte dos árbitros turcos em seus jogos.
Houve incerteza sobre a duração da presença do Fenerbahçe em campo, com o vice-presidente do clube sugerindo que os torcedores não viajassem para a partida, que ocorreu na cidade de Sanliurfa, a 1.200km de distância de Istambul. Após o gol marcado por Mauro Icardi aos 50 segundos de jogo, o técnico do Fenerbahçe decidiu retirar os jogadores do campo, encerrando o jogo prematuramente. O Galatasaray foi declarado vencedor da partida.
Vale ressaltar que a Supercopa da Turquia estava originalmente marcada para ocorrer em dezembro de 2023, na Arábia Saudita. No entanto, devido à recusa da organização do evento em homenagear o ex-presidente e fundador da Turquia, Mustafa Kemal Atatürk, os dois times desistiram de disputar a partida.