A proposta de criar uma estrutura similar ao FBI no Brasil, apelidada de “FBI do Lewandowski”, enfrenta debates no governo Lula antes de sua aceitação. A iniciativa, que visa fortalecer o combate ao crime organizado e milícias, ainda não convenceu completamente o presidente sobre sua eficácia como solução definitiva. Internamente, Rui Costa, chefe da Casa Civil, expressa preocupações com possíveis resistências dos governadores estaduais, que poderiam interpretar a medida como uma intervenção indevida nos estados.
Segundo a proposta, a Polícia Federal assumiria um papel mais centralizado em operações de repercussão nacional e internacional, dedicando-se exclusivamente à investigação com o acréscimo de aproximadamente três mil novos agentes. Enquanto isso, a Polícia Rodoviária Federal expandiria suas responsabilidades para incluir não apenas as rodovias federais, mas também ferrovias e hidrovias, atuando na polícia ostensiva.
Caso Lula dê o aval final, o Ministério da Justiça espera uma tramitação tranquila da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) no Congresso Nacional. Um dos assessores de Lewandowski questiona: “Qual Congresso seria contra a PF na investigação do crime organizado?”