Juliano Cazarré critica PL do aborto: ‘Assassinato’

Juliano Cazarré Causa Polêmica ao Criticar Aborto Legal e Defende Adoção em Meio a Debates sobre Projeto de Lei

O ator Juliano Cazarré gerou intensa controvérsia ao se posicionar publicamente contra o aborto legal durante o debate em torno do projeto de lei proposto pelo deputado Sóstenes Cavalcante, que propõe mudanças nas regras constitucionais sobre a prática no Brasil. Em seus stories do Instagram, Cazarré, pai de seis filhos, afirmou que qualquer forma de aborto é equivalente ao assassinato de um inocente, mesmo em casos extremos como estupro.

“Todo aborto é o assassinato de um inocente. Então, mesmo nos casos mais extremos, como por exemplo, um estupro, o assassinato da criança não apaga o crime, não vai fazer com que aquele trauma vá embora, e é, na maioria das vezes, mais um trauma na vida de uma mulher já traumatizada”, declarou o ator.

Ele ainda argumentou que após 22 semanas de gestação, o feto já possui a capacidade de sobreviver fora do útero, tornando viável a opção de entrega para adoção para aqueles que não desejam criar o filho. Cazarré enfatizou que há uma grande demanda por adoção de bebês, superando a oferta de crianças disponíveis para adoção.

O vídeo rapidamente viralizou nas redes sociais, desencadeando uma onda de críticas e debates intensos. Muitos internautas condenaram a postura de Cazarré, acusando-o de ignorar a complexidade das situações individuais das mulheres e de tentar impor suas crenças pessoais sobre um tema sensível e pessoal.

Uma crítica direta apontou a contradição entre suas declarações e suas próprias ações: “Juliano tem 6 filhos e disse que terá quantos Deus mandar. Até hoje o ator nunca adotou nenhuma criança.” Outros comentários destacaram a ironia de homens opinarem sobre o que mulheres deveriam fazer com seus corpos, especialmente após situações traumáticas como o abuso sexual.

A discussão também ressaltou a falta de empatia percebida nas declarações de Cazarré, especialmente considerando a realidade de mulheres que enfrentam gravidezes indesejadas, muitas vezes sem suporte adequado. A crítica social ampliou-se para questionar privilégios e a responsabilidade social de figuras públicas ao abordar questões tão complexas e pessoais.

Em um momento em que o debate sobre os direitos reprodutivos ganha destaque no Brasil, a posição de Juliano Cazarré não apenas reflete divergências profundas na sociedade, mas também destaca a importância de um diálogo respeitoso e empático sobre temas que afetam diretamente a vida e a autonomia das mulheres.

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