O Tribunal de Paris emitiu mandados de prisão contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, e outros altos funcionários do governo por supostos crimes contra a humanidade. Esses mandados estão relacionados ao uso de armas químicas em ataques a civis na Síria. Além de Assad, seu irmão também foi alvo, juntamente com o chefe de segurança e o diretor do Centro de Estudos e Pesquisa Científica, responsável pelo programa de armas químicas do país.
Essa é a primeira vez que um presidente sírio enfrenta um mandado de prisão internacional. A decisão do tribunal vem após uma investigação sobre o uso dessas armas em ataques que resultaram na morte de mais de 1.000 pessoas em Douma e Ghouta Oriental.
O caso foi iniciado na França pelo advogado Mazen Darwish e desencadeou um embate entre as autoridades sírias, que negam veementemente o uso de armamento químico, e relatórios da ONU que confirmam seu emprego, citando o uso de gás sarin e cloro.
As armas químicas são proibidas em conflitos armados pelo direito internacional devido ao seu efeito indiscriminado, que não distingue entre combatentes e civis. Elas são consideradas um crime de guerra desde a Convenção de Genebra de 1925, embora seu uso restrito, como em controle de ordem pública, ainda seja permitido. Este caso ressalta a gravidade dessas violações e suas consequências