O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está em uma corrida contra o tempo para aprovar uma série de projetos prioritários no Congresso Nacional, pois tem cerca de oito semanas antes do recesso parlamentar que inicia em 23 de dezembro. Esses projetos têm o potencial de gerar pelo menos R$ 63 bilhões em receitas no ano de 2024. No entanto, atualmente, sete medidas encontram-se travadas no Congresso, aguardando aprovação.
Algumas das medidas em destaque incluem a taxação de offshores e fundos exclusivos, bem como mudanças na subvenção para investimento do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços). Essas propostas visam aumentar a arrecadação do governo, fornecendo recursos essenciais para cumprir suas metas fiscais e enfrentar o déficit primário em 2024, como previsto pelo novo arcabouço fiscal aprovado em agosto.
No entanto, a aprovação dessas medidas não é garantida, já que enfrentam resistência de várias bancadas no Congresso. Além disso, a reforma tributária, um dos principais objetivos do governo, também enfrenta obstáculos e divergências, dificultando sua aprovação no Senado. Diante desses desafios, a equipe econômica corre contra o tempo para assegurar recursos adicionais e cumprir as metas fiscais do próximo ano.
A estimativa do governo é arrecadar R$ 168,5 bilhões em receitas extras em 2024 para zerar o déficit primário. No entanto, economistas e especialistas questionam a exequibilidade dessa meta, e o governo pode se deparar com um rombo de até R$ 28,6 bilhões no resultado primário em 2024, de acordo com a Instituição Fiscal Independente do Senado. O cenário político e econômico permanece desafiador, com incertezas sobre o sucesso dessas propostas no Congresso.
