Estaleiros: Esperança na Retomada

A Petrobras, seguindo seu Plano Estratégico (2023-2027) e apoiada pelo recentemente lançado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3), planeja a construção de 25 novos navios petroleiros e o descomissionamento de 26 plataformas obsoletas. Este plano reacende a chama de esperança para os estaleiros brasileiros, incluindo as plantas de Pernambuco e Bahia, ressuscitadas entre 2000 e 2010.

Os números do ambicioso programa anterior de retomada do setor, implementado durante o governo PT, são impressionantes. Segundo dados do BNDES, foram contratados financiamentos no valor de R$ 30 bilhões para o setor naval entre 2000 e 2012. Destes, R$ 10 bilhões foram efetivamente liberados, com R$ 2,2 bilhões destinados à construção de novos estaleiros, como o Atlântico Sul Heavy Industry Solutions (PE) e o Enseada do Paraguaçu (BA).

Esses estaleiros tinham como principal cliente a Petrobras e a Transpetro, que, por meio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), encomendaram 26 novos navios petroleiros. No auge dessa fase, os estaleiros chegaram a gerar 80 mil empregos diretos no Brasil.

Porém, o otimismo inicial foi ofuscado por uma série de adversidades. Erros em políticas públicas, escândalos revelados pela Operação Lava-Jato e crises políticas e financeiras na Petrobras culminaram na derrocada do setor. Como resultado, 14 encomendas de navios petroleiros e 28 de navios-sondas foram canceladas, causando a perda de 60 mil empregos e impondo enormes prejuízos aos envolvidos e aos cofres públicos.

Foto: Reprodução Internet

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