A incontinência urinária é um problema de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Esta condição é caracterizada pela perda involuntária de urina através da uretra, que pode variar desde pequenos escapes diários até perdas mais significativas e incontroláveis. Ela não faz distinção de idade, afetando cerca de 13% das mulheres em todo o mundo, independentemente da faixa etária, além de também ser prevalente em idosos. Os tipos de incontinência urinária podem variar de acordo com a idade, o sexo e as atividades diárias do indivíduo.
“Existem vários tipos de incontinência urinária”, explica o Dr. Benhur Lima, médico urologista do Hospital Jayme da Fonte. “A classificação leva em consideração a faixa etária do paciente, o sexo e suas atividades diárias. No entanto, esses tipos podem ser divididos em dois grandes grupos: a incontinência urinária de esforço, que é desencadeada pelo esforço físico, como levantar peso, fazer exercícios ou mesmo tossir ou espirrar, causando perda de urina. O segundo grupo é a incontinência urinária de urgência, na qual o problema reside no músculo que envolve a bexiga. Esse tipo de incontinência é caracterizado pela presença do sintoma de urgência miccional, que se manifesta como uma vontade incontrolável de urinar, muitas vezes resultando em perda de urina antes que o paciente chegue ao banheiro.”
Diversos fatores podem desencadear a incontinência urinária, incluindo diabetes, obesidade, acidente vascular cerebral (AVC), bexiga hiperativa e até mesmo o consumo excessivo de café e álcool. Os sintomas dessa condição podem afetar significativamente a qualidade de vida das pessoas, prejudicando suas atividades diárias e autoestima. No entanto, uma grande parte dos afetados não busca tratamento, pois acredita que a incontinência é uma consequência inevitável do envelhecimento.
Tratamentos e Prevenção
O tratamento da incontinência urinária varia de acordo com o tipo de disfunção. “Em geral, o tratamento começa com mudanças no estilo de vida”, afirma o Dr. Lima. “Isso inclui a promoção da atividade física e a melhora dos hábitos alimentares, com ênfase na redução do consumo de cafeína e álcool.” A fisioterapia pélvica é fundamental no tratamento da incontinência urinária, especialmente para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, que desempenham um papel importante na manutenção do controle da bexiga.
Além da fisioterapia, existem tratamentos medicamentosos, principalmente para a incontinência urinária de urgência. Em casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária para corrigir o problema. Vale ressaltar que a prevenção desempenha um papel crucial na gestão da incontinência urinária. Manter uma dieta equilibrada, fazer exercícios regulares e adotar práticas saudáveis podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver essa condição.
Em particular, as gestantes podem se beneficiar do fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico orientados por fisioterapeutas especializados, o que pode ajudar a prevenir a incontinência urinária associada à gravidez. O tratamento e a prevenção da incontinência urinária são passos importantes para melhorar a qualidade de vida e a saúde de quem sofre com essa condição, permitindo que as pessoas vivam com mais conforto e confiança. É fundamental que os afetados busquem ajuda médica para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado, permitindo uma vida mais plena e ativa.