Raquel Lyra busca fortalecer sua base para enfrentar João Campos.
No intrincado jogo político pernambucano, a governadora Raquel Lyra (PSDB) está movendo suas peças com destreza. Ao atrair o PSD para o seu lado, a estratégia não se focou exclusivamente na influente família Coelho de Petrolina. As conversas com Gilberto Kassab e a inclusão do ministro da Pesca, André de Paula, mostram uma clara tentativa de enfraquecer o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Este último é visto como seu principal adversário em 2026.
Lyra, embora detenha o poder da máquina governamental, está ciente de que o embate será acirrado. E o próximo movimento previsto é o desembarque do PSD da Prefeitura do Recife.
Com uma mira firme na reeleição, a prefeitura torna-se o principal campo de batalha de Lyra, na tentativa de diminuir a força do PSB na região. Enquanto isso, André de Paula, reconhecido por honrar acordos, se encontrou em uma situação delicada, tendo que dialogar diretamente com aliados de Miguel Coelho, ex-prefeito de Petrolina. No entanto, a situação pode ser vista como vantajosa, já que o PSD passa a ter controle sobre a Compesa. Mais ainda, rumores indicam que Cacau de Paula, filha de André, pode em breve integrar o governo de Raquel Lyra, deixando de lado João Campos.
Por outro lado, o PSB deu sinais claros, no recente encontro em Gravatá, de que não pretende abrandar o jogo. O partido deseja continuar sendo a força dominante em Pernambuco, conforme destacado pelo presidente estadual, Sileno Guedes. “A Agenda 40 foi criada exatamente para isso, para definir estratégias e ouvir nossos militantes e líderes”, declarou Guedes.