Governo propõe fim faixas salariais PM e Bombeiros, gerando embates na Alepe.
O projeto do Governo do Estado, que prevê o fim das faixas salariais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de forma escalonada até 2026, reacendeu as tensões na sessão plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) ontem. Deputados da oposição acusaram o Executivo de tentar influenciar a Comissão de Justiça da Casa, que discutirá a proposta na sessão de hoje.
Joel da Harpa (PL) expressou preocupação com a condução do debate na Comissão, alegando possível interferência do Executivo, o que poderia resultar na rejeição de emendas constitucionais. O deputado reiterou sua oposição ao projeto, argumentando sua inconstitucionalidade.
Além disso, Joel da Harpa contestou a afirmação da relatora da proposta, Débora Almeida (PSDB), sobre sua conduta na reunião anterior. Enquanto a parlamentar acusou-o de incitar os militares, ele defendeu-se, criticando a criação das faixas salariais em 2017. Líder do governo, Izaías Régis (PSDB), e Socorro Pimentel (União) defenderam a gestão, alegando responsabilidade fiscal.
Por outro lado, o vice-presidente da Comissão de Justiça, Romero Albuquerque (União Brasil), criticou a suposta tentativa do Governo de substituí-lo no colegiado, ressaltando a importância da autonomia legislativa. Ele acusou a governadora Raquel Lyra de agir de forma despótica e politicamente motivada, instando os parlamentares a defenderem a autonomia da Casa e as categorias negligenciadas pelo Governo.