Série tocante na Netflix: lágrimas garantidas

Filmes estrelados por animais capturam a atenção instantânea do público, muitas vezes ultrapassando o interesse por histórias de pessoas comuns ou mulheres corajosas. “Quatro Vidas de um Cachorro”, dirigido por Lasse Hallström, segue essa tendência, oferecendo uma versão contemporânea do romance “A Força do Coração” (1940), de Eric Knight. O filme, baseado no conto homônimo de Knight publicado no “Saturday Evening Post” em 1938, explora a jornada de Bailey, um retriever que desempenha um papel central na trama.

Em Hollywood, histórias que abordam questões humanas delicadas através dos olhos dos cães tornaram-se uma fonte recorrente de inspiração. “Lassie, a Força do Coração” (1943), dirigido por Fred McLeod Wilcox, é um exemplo marcante dessa abordagem, com a adorável cadelinha Lassie representando a empatia e o espírito resiliente. No entanto, “Quatro Vidas de um Cachorro” enfrentou controvérsias devido a alegações de maus tratos aos animais durante as filmagens, o que gerou debates sobre ética e responsabilidade na indústria cinematográfica.

Enquanto isso, “O Cavalo de Turim” (2011), dirigido por Béla Tarr e Ágnes Hranitzky, oferece uma perspectiva sombria sobre a relação entre humanos e animais. Inspirado por um episódio da vida de Friedrich Nietzsche, o filme retrata a jornada de um cavalo e seu dono em meio a um ambiente hostil, explorando temas de sofrimento e redenção. Essas narrativas desafiam a noção tradicional de filmes protagonizados por animais, oferecendo reflexões profundas sobre a condição humana e nossa conexão com o mundo animal.

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