Durante a vitória da Seleção Brasileira Sub-23 sobre a Venezuela, em partida válida pelo Pré-Olímpico, um lamentável episódio de injúria racial veio à tona, tendo o pai do jogador Endrick como vítima. O jogo, disputado em Caracas, foi marcado por momentos de tensão e, infelizmente, por atos de discriminação.
O Brasil batalhou arduamente para conquistar os três pontos, visando o grande objetivo de garantir presença nos Jogos Olímpicos de Paris. Os gols saíram apenas no segundo tempo, com Maurício abrindo o placar aos 12 minutos. No entanto, a vantagem foi momentânea, pois Jovanny Bolivar empatou para a Venezuela, antes de Guilherme Biro marcar o gol da vitória brasileira aos 43 minutos.
Para Endrick, o dia foi marcado por sentimentos mistos. Enquanto participava de um gol decisivo que o coloca a apenas 90 minutos de alcançar os primeiros Jogos Olímpicos de sua carreira, teve que lidar com o lado sombrio do futebol: o racismo. Seu pai, Douglas Ramos, foi alvo de gestos racistas por parte de torcedores venezuelanos, que imitaram um macaco durante o jogo.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) rapidamente manifestou solidariedade ao jogador e sua família por meio do chefe da delegação Daniel Vasconcelos. Em comunicado, a CBF condenou veementemente os atos racistas, classificando os responsáveis como “criminosos” e enfatizando o compromisso da entidade em combater o racismo no futebol.
Vale destacar que a CBF foi pioneira ao incluir no Regulamento Geral de Competições a possibilidade de sanções esportivas contra clubes em casos de racismo. Além disso, desde 2022, a instituição vem realizando campanhas e mantendo um grupo de trabalho dedicado à questão, evidenciando seu comprometimento em promover um ambiente inclusivo e livre de discriminação no futebol brasileiro e internacional.