O partido do ministro de Guerra de Israel, Benny Gantz, propôs nesta quinta-feira (30) um projeto de lei para a dissolução do Parlamento, aumentando a pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu. Esta iniciativa responde a um ultimato recente de Gantz a Netanyahu, exigindo que Israel aderisse até junho a um plano para o pós-guerra em Gaza. Gantz juntou-se ao governo pouco depois do ataque liderado pelo Hamas às comunidades do sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza. No entanto, as tensões aumentaram conforme o conflito se arrasta.
O partido de Netanyahu, o Likud, respondeu que dissolver o governo agora seria uma “recompensa” para o Hamas. O Likud acrescentou que Israel precisa de unidade e que a dissolução prejudicaria o esforço de guerra. O bloco de Gantz e seu partido, entretanto, não controlam, por si só, assentos suficientes no Parlamento para derrubar a coligação no poder. Uma nova eleição não está prevista até 2026, o que complica ainda mais a situação política atual em Israel.
Simultaneamente, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza anunciou nesta quinta-feira (30) que pelo menos 36.224 habitantes morreram durante os mais de sete meses de guerra. O território palestino é governado pelo grupo extremista Hamas, que tem sido alvo constante dos ataques israelenses. Em um desses ataques, a Israel atingiu um campo de refugiados em Rafah, resultando na morte de pelo menos 21 pessoas e dezenas de feridos na terça-feira (28). As forças armadas de Israel informaram que dois líderes do Hamas foram mortos no ataque.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu destacou que o ataque ao campo de refugiados foi “um acidente trágico” e afirmou que está sendo investigado pelo governo. Este incidente e o alto número de vítimas na Faixa de Gaza só aumentam a urgência de encontrar uma solução para o conflito e reforçam a complexidade das decisões políticas que precisam ser tomadas pelas lideranças de Israel e Palestina.
