A Polícia Civil está investigando a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, cujo corpo foi encontrado em estado de decomposição em seu apartamento no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio. A principal suspeita do crime é a namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que supostamente teria permanecido com o cadáver por três dias. Em depoimento à polícia, Suyany Breschak, acusada de ser cúmplice de Júlia, afirmou que a namorada de Luiz Marcelo teria colocado 50 comprimidos em um brigadeirão “envenenado”.
De acordo com Suyany, Júlia preparou dois brigadeirões, um dos quais continha 50 comprimidos moídos de Dimorf de 30mg — medicamento indicado para alívio da dor intensa, que age no sistema nervoso central e contém Morfina. Luiz Marcelo teria consumido o doce adulterado com a medicação. A cúmplice ainda declarou que Júlia relatou, através de mensagens no celular, que Luiz Marcelo ficou com a respiração ofegante, emitiu um som alto e, subitamente, parou de respirar.
Suyany é acusada de envolvimento no homicídio e de ter ajudado Júlia a se desfazer dos bens da vítima. A confissão de Suyany à polícia indicou que boa parte dos ganhos de Júlia vinha dos pagamentos de uma dívida. Essa confissão também mencionou que Suyany trabalharia como cigana, detalhando a complexidade da relação entre as envolvidas e a vítima.
O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado no dia 20 de maio, após os vizinhos desconfiarem de sua ausência desde o dia 17 e chamarem socorro. Em avançado estado de decomposição, o corpo apresentava uma marca que sugeria um golpe na cabeça, o que levou os agentes a tratarem o caso como uma morte suspeita. A Polícia Civil revelou que a namorada de Luiz Marcelo estava no apartamento enquanto ele já estava morto e que agiu com a ajuda de sua cúmplice. A namorada é considerada foragida, e o caso continua sob investigação pela 25ª DP, com um mandado pendente contra Júlia por homicídio qualificado.
