Com apertada votação de 3 a 2, a Comissão de Segurança Pública e Defesa Social da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou um substitutivo ao projeto de lei complementar nº 1671/2024, antecipando o fim das faixas salariais dos policiais e bombeiros militares para junho de 2025. A proposta apresentada pela relatora, deputada estadual Gleide Ângelo (PSB), representa uma derrota para o governo de Raquel Lyra, que pretendia escalonar a extinção até 2026.
O substitutivo segue linha semelhante ao apresentado pelo deputado estadual Diogo Moraes (PSB) na semana anterior, que não obteve aprovação na Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação. O novo texto mantém a extinção da faixa “A” para junho de 2024 e, no ano seguinte, prevê o encerramento das demais. Os votos a favor do substitutivo, junto à relatora, foram dos deputados Joel da Harpa (PL) e Fabrizio Ferraz (SD), enquanto os deputados Antônio Moraes (PP) e Socorro Pimentel (União Brasil) foram contrários.
A emenda ao projeto de lei será analisada pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Alepe na próxima terça-feira (30). Caso seja rejeitada, o projeto seguirá para votação no plenário, onde será necessário o voto favorável de pelo menos 25 dos 49 deputados.
Desde 2017, os praças da PM e dos bombeiros em Pernambuco são divididos em cinco faixas salariais, com reajustes anuais. Um soldado, por exemplo, inicia com um salário de R$ 3.419,88, podendo chegar a R$ 4.947 ao atingir o topo.