Delegado: conduta inadequada, mas não crime.
A Polícia Federal encerrou o inquérito sem indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro em relação ao incidente envolvendo uma baleia jubarte no litoral de São Paulo. As investigações visavam determinar se houve violação da legislação ambiental, porém os investigadores concluíram que não houve cometimento de crime por parte do ex-presidente.
O episódio ocorreu em São Sebastião, no litoral norte paulista, no ano anterior. O inquérito foi instaurado para examinar se houve transgressão da lei que proíbe a pesca ou o “molestamento intencional” de baleias. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram Bolsonaro em uma moto aquática com o motor ligado próximo ao mamífero.
O relatório policial identifica que o condutor da moto aquática estava a uma distância inadequada. “Atribui-se a identidade desta pessoa, supostamente, ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”, menciona um trecho do documento. A investigação teve início logo após o ocorrido se tornar público.
O delegado responsável pelo caso, Breno Adami Zandonadi, salientou no relatório que, embora as condutas dos investigados tenham sido consideradas inadequadas, as provas não evidenciaram os “molestamentos intencionais” previstos na legislação. O relatório foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) para análise e possível oferecimento de denúncia, podendo ser requeridas diligências adicionais.