Sergio Moro: De algoz a alvo no TRE

Moro enfrenta processo no TRE-PR por abuso eleitoral em 2022. Pode perder mandato de senador.

Sérgio Moro, senador pela União-PR, buscava ser terceira via na eleição presidencial de 2022 para superar a polarização entre Lula e Bolsonaro. No entanto, ambos os lados se opuseram ao ex-juiz, antes aclamado como o herói nacional contra a corrupção.

Na sessão iniciada em 1º de abril, o ex-juiz da Lava-Jato enfrenta acusações graves no TRE-PR, como abuso econômico e caixa dois na campanha de 2022. Pode perder mandato de senador e ficar inelegível por oito anos. As alegações se concentram nos altos gastos durante a pré-candidatura pelo Podemos, incluindo despesas com eventos, contratações e comunicação, totalizando R$ 16,8 milhões.

Autores da ação acusam campanha de Moro de outros crimes, como caixa dois e desvio de verbas partidárias. Caso a ação seja procedente, suplentes também podem ser afetados, possivelmente resultando em nova eleição para o Senado no Paraná. O Ministério Público Eleitoral destaca a participação direta de Moro e um dos suplentes em eventos pré-eleitorais.

O Ministério Público não encontrou indícios de envolvimento de Ricardo Guerra nos atos considerados irregulares, portanto, é contra sua inelegibilidade. No entanto, a chapa inteira enfrenta possível cassação por abuso de poder econômico, segundo a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná. O processo está sob relatoria do desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza. Para que Moro perca o mandato, uma condenação deverá ser confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Moro alega ser alvo de vingança e perseguição política.

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