O motorista Amaro Santos Filho viveu momentos de terror quando o ônibus do Fortaleza foi atacado após a saída da Arena de Pernambuco. Com 34 anos de experiência na profissão, sendo oito deles transportando times de futebol, ele nunca tinha enfrentado uma situação tão extrema. Em uma entrevista detalhada, ele descreveu o ataque como um ato de terrorismo, destacando como uma manobra para evitar o ataque frontal pode ter evitado uma tragédia ainda maior.
Amaro relatou que, ao se aproximar dos agressores, acelerou o carro para afastá-los, mas mesmo assim o ônibus foi atingido por pedras e uma bomba caseira. Ele destacou a rapidez da ação e a presença da polícia como fatores que evitaram consequências mais graves.
Após o episódio, Amaro recusou uma viagem na sexta-feira e está reconsiderando continuar fazendo o serviço. Ele expressou preocupação com a própria segurança e a possibilidade de incidentes semelhantes ocorrerem no futuro. Para ele, transportar vidas é sua responsabilidade mais preciosa, e a violência sofrida pelo ônibus do Fortaleza destaca a necessidade de medidas mais rigorosas para proteger jogadores, equipes técnicas e motoristas.
O desabafo de Amaro reflete não apenas o trauma pessoal que ele enfrentou, mas também a preocupação com a segurança de todos os envolvidos no mundo do futebol. O ataque ao ônibus não apenas feriu jogadores, mas também deixou marcas profundas naqueles que estavam presentes e testemunharam a violência gratuita. É um lembrete sombrio dos perigos que podem surgir no esporte, mesmo fora dos gramados.