A Polícia Federal planeja convocar Carlos Bolsonaro para depor ainda hoje no âmbito da investigação da “Abin paralela”. A apuração se concentra no suposto uso da Agência Brasileira de Inteligência para espionagem ilegal durante o governo de Jair Bolsonaro. Como Carlos é investigado por participação em organização criminosa, terá até três dias para prestar depoimento.
A PF investiga uma possível rede criminosa que teria se instalado na Abin para espionar críticos do governo Bolsonaro. Os investigados podem responder por crimes como invasão de dispositivo informático, organização criminosa e interceptação ilegal de comunicações.
O vereador Carlos Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão pela manhã, suspeitando-se que seus assessores solicitavam informações ao ex-diretor da Abin, atual deputado federal Alexandre Ramagem. Buscas foram autorizadas em sua residência e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Carlos Bolsonaro estava em uma lancha quando a PF chegou a sua residência em Angra dos Reis. Se pronunciou somente por volta das 11h, enquanto o advogado Fabio Wajngarten, representante de Jair Bolsonaro, negou que o computador apreendido com o vereador fosse da Abin. Wajngarten também desmentiu a informação de fuga de barco, afirmando que o clã Bolsonaro saiu para pescar às 5h, antes da operação da PF.