O STF (Supremo Tribunal Federal) encaminhou um posicionamento majoritário para rejeitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Gleisi Hoffmann, presidente do PT e deputada federal pelo estado do Paraná. Seis ministros, até o momento, argumentam que não há fundamentos suficientes para dar início a uma ação penal.
O relator do caso, ministro Edson Fachin, apontou falhas investigativas significativas na denúncia, destacando lacunas na identificação dos projetos da Odebrecht que teriam sido beneficiados com os supostos repasses de propina. Essa tese, adotada por outros ministros, gerou o entendimento majoritário pela rejeição da denúncia.
A acusação remonta a 2018, durante a operação Lava Jato, alegando que a Odebrecht direcionou R$ 5 milhões à campanha de Gleisi ao governo do Paraná em 2014, dos quais R$ 3 milhões foram repassados via caixa 2. A denúncia sugeria que os valores visavam influenciar a atuação da deputada e de seu então marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, em projetos favoráveis à empreiteira.
Recentemente, a própria PGR reviu sua posição, argumentando falta de fundamentação para prosseguir com o processo, uma justificativa que ecoa nos ministros do STF. A defesa de Gleisi Hoffmann comemorou a decisão, ressaltando a fragilidade do processo e a ausência de provas consistentes.
O julgamento no plenário virtual do STF continua até segunda-feira, aguardando os votos dos ministros que ainda não se manifestaram. Este desfecho representa um movimento relevante no cenário político, tendo em vista a repercussão da denúncia durante a Lava Jato.