Nesta quarta-feira, a Polícia Federal deflagrou a Operação Trapiche, com o objetivo de interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país. A ação resultou no cumprimento de dois mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal, com base em ordens judiciais da Subseção Judiciária de Belo Horizonte.
A investigação concentrou-se na desarticulação de um grupo suspeito de recrutar indivíduos para atividades terroristas, uma preocupação crescente no cenário nacional e internacional. Tanto os recrutadores quanto os recrutados poderão responder pelos crimes de constituir ou integrar organizações terroristas, além de realizar atos preparatórios de terrorismo. As penas máximas para esses delitos, quando somadas, podem chegar a 15 anos e 6 meses de reclusão.
É importante destacar que os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, o que significa que são considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto. Além disso, o cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação.
O balanço da operação até o momento é o seguinte:
- Minas Gerais: Foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão.
- Distrito Federal: 3 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
- São Paulo: 1 mandado de busca e apreensão e 2 mandados de prisão temporária foram cumpridos.
A Polícia Federal continua investigando o caso e segue atenta a possíveis ligações com grupos extremistas e atividades que ameacem a segurança nacional. A Operação Trapiche representa um passo significativo no combate ao terrorismo e na proteção da sociedade brasileira.
