O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após ser condenado à inelegibilidade pela segunda vez pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acusou o ministro Alexandre de Moraes de tentar “alijá-lo da política”. Durante um discurso em Santos (SP), onde participava da entrega de viaturas ao 6º Grupamento de Bombeiros, Bolsonaro afirmou que o objetivo de Moraes é impedi-lo de concorrer nas próximas eleições, e que, no momento, considera-se vitorioso.
A segunda condenação ocorreu no plenário do TSE, com um placar de 5 x 2, e resultou na inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos. Além disso, ele recebeu uma multa de R$ 425,6 mil por uso eleitoral dos eventos realizados em 7 de setembro de 2022. Seu vice, Walter Braga Netto, também foi condenado, com uma multa de R$ 212,8 mil.
Bolsonaro ainda está analisando, junto com seus advogados, a estratégia de recurso contra a segunda condenação. Ele afirmou que não há uma estratégia definida, exceto a que o ministro Alexandre de Moraes deseja impor.
Alexandre de Moraes, além de ser presidente do TSE, é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator de vários inquéritos que envolvem investigações contra Bolsonaro, como sua participação nos atos de 8 de janeiro.
A condenação do ex-presidente pelo TSE se baseou em acusações de abuso de poder político, uso indevido dos meios de comunicação e conduta vedada durante as comemorações do Bicentenário. Além da inelegibilidade, Bolsonaro e seu vice foram multados em um total de R$ 640 mil.