Na sexta-feira, 27 de outubro de 2023, o Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, acentuou sua queda em resposta às declarações do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, popularmente conhecido como Lula. Lula anunciou que não se comprometeria em zerar o déficit primário nas contas públicas do governo em 2024, o que desencadeou preocupações nos investidores. Às 13h50, o Ibovespa registrava uma queda de 0,32%, chegando a 114.404 pontos, mas chegou a cair até 1,11%, atingindo 113.505 pontos após as palavras do presidente.
A meta de zerar o déficit primário em 2024 foi estabelecida pela equipe econômica do governo, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e aprovada pelo Congresso Nacional como parte do novo marco fiscal. No entanto, Lula declarou que seria difícil cumprir essa meta e enfatizou que ela não precisava ser “zero”. Ele argumentou que o mercado financeiro era “ganancioso” e que não estava disposto a cortar “bilhões” de investimentos e projetos prioritários no início do próximo ano.
O presidente Lula participou de um encontro com representantes da mídia, onde fez essas declarações. A equipe econômica do governo, até então, vinha defendendo a possibilidade de cumprir a meta fiscal. Eles alegavam que fariam o que fosse necessário para alcançar esse objetivo, mesmo reconhecendo que não precisava ser uma meta “zero”. No entanto, as crescentes despesas do governo e as incertezas em torno das medidas para aumentar as receitas levantaram dúvidas sobre a viabilidade da meta.
Os analistas agora especulam sobre o impacto dessas declarações nas perspectivas econômicas do Brasil e no mercado financeiro. O governo terá que trabalhar para elevar as receitas em R$ 168,5 bilhões para cumprir a meta, o que pode ser um desafio considerável. Enquanto isso, a volatilidade no mercado de ações reflete a incerteza sobre o futuro das finanças públicas no Brasil.
