Justiça dissolve comissão eleitoral do Santa Cruz

Nesta quinta-feira, a Justiça acatou o pedido feito pelo pré-candidato à presidência do Santa Cruz, Esequias Pierri, e o historiador Ivaldo Marciano de França Lima para dissolver a comissão eleitoral eleita pelo Conselho Deliberativo no último dia 3. O pedido teve como base a polêmica reunião do Conselho ocorrida no dia 28 de agosto, que reprovou o balanço financeiro do clube em 2022. Essa reunião não contou com 350 conselheiros que foram acrescidos ao Deliberativo em maio de 2022, mas não chegaram a ser empossados. A Justiça determinou a convocação de todos esses conselheiros eleitos na Assembleia Geral Extraordinária de maio de 2022, para que seja marcada imediatamente uma nova reunião do Deliberativo e a formação de uma nova comissão eleitoral.

A intimação foi encaminhada ao atual presidente do Conselho Deliberativo do Santa Cruz, Marino Abreu, que é, até o momento, o único candidato oficializado para concorrer à presidência executiva no pleito do dia 12. Vale destacar que o prazo para a inscrição de chapas no Santa Cruz se encerra, em tese, na próxima terça-feira.

Diogo Melo, membro da comissão que foi dissolvida, falou sobre o assunto:

“Não é totalmente surpreendente, porque nós vínhamos há alguns dias apontando diretamente para o presidente do clube diversas irregularidades no edital de convocação para a votação. Entre elas, a impossibilidade matemática de cumprir os prazos de impugnação e de julgamento das impugnações e divulgação das chapas inscritas, todos que estão previstos no estatuto. São prazos contados em dias úteis e que, entre o dia 30 de outubro quando acaba o prazo de inscrição das chapas, até o dia 12 de novembro (data da eleição), não tem dias úteis suficientes para cumprir todos os prazos.”

“Além disso, o edital não indica que 10% das vagas têm que ser reservadas às mulheres. O edital não indica qual é o número mínimo de conselheiros que pode ser indicado em cada chapa, não indica que cada chapa do conselho tem que escrever sua lista de conselheiros de forma ordenada por ordem de preferência. Porque a eleição do conselho dessa vez, de acordo com o estatuto, será proporcional à quantidade de votos que a chapa obtiver no pleito, então é preciso ter uma ordem para saber quais são os candidatos do Conselho que vão entrar realmente como eleitos. Tudo isso foi apontado e outras irregularidades. A comissão eleitoral acabou resolvendo protocolar isso por ofício no clube ontem (quarta-feira), indicando todas essas necessidades de ajustes para que o pleito se desenvolvesse adequadamente e acontecesse de forma legítima no dia 12 de novembro, sem abrir imagem a questionamentos judiciais futuros”, finalizou Diogo Melo.

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