Neste domingo, 22 de outubro de 2023, o candidato governista e atual ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, surpreendeu as pesquisas ao vencer o primeiro turno das eleições presidenciais. Ele obteve quase 37% dos votos e avançará para o segundo turno, que ocorrerá em 19 de novembro, competindo com o libertário Javier Milei, que recebeu cerca de 30% dos votos.
Os votos da candidata de centro-direita Patricia Bullrich, da coalizão Juntos pela Mudança, que conquistou cerca de 24% dos votos, serão cruciais para definir o vencedor. O ex-presidente Mauricio Macri, que lidera essa coalizão, também é uma figura de destaque no cenário político argentino.
A expectativa é que parte dos eleitores dos candidatos de esquerda Juan Schiaretti e Myriam Bregman (que juntos somaram 9,5%) migrem para Massa, mas ele também precisa atrair uma parcela dos eleitores de Bullrich para garantir sua eleição.
É importante notar que, apesar de Milei ter mantido a mesma porcentagem de votos em relação às primárias de agosto, a coalizão de Macri, que naquela ocasião somou 28% dos votos, agora diminuiu para 24%. Por outro lado, a União pela Pátria, que anteriormente havia conquistado 27% nas primárias, agora alcançou 37% dos votos.
Isso sugere que Massa foi beneficiado pelo aumento da participação eleitoral e talvez tenha atraído alguns votos da Juntos pela Mudança. No entanto, a transposição de votos não será automática, e é incerto para qual candidato a maioria dos eleitores de Bullrich se inclinará. Isso pode ser influenciado pelo discurso e pelas alianças políticas feitas no segundo turno.
A eleição na Argentina continua sendo um tema de grande interesse e especulação, com a batalha pelo voto dos eleitores de centro-direita sendo um elemento-chave no desfecho do segundo turno.