O renomado humorista Ed Gama, conhecido por levar risadas e alegria para milhares de pessoas, aproveitou a festa de lançamento do Verão de Salvador, promovido por Quem e a Prefeitura de Salvador, em São Paulo, para refletir sobre sua vida fora dos palcos. Apesar de proporcionar momentos de prazer e descontração ao público, ele também cuida da própria saúde mental, reconhecendo a importância disso.
Durante o evento, Ed Gama compartilhou sobre sua experiência no novo programa de Rafael Portugal no Multishow e revelou que tem buscado apoio médico para lidar com desafios pessoais. Ele destacou a pressão que muitos artistas enfrentam, principalmente após o período de isolamento social imposto pela pandemia.
“Acho que está todo mundo de ressaca ainda, de Covid, de pandemia, de isolamento social. O humor serve como muleta até para isso. Para quem está passando por um momento difícil, para quem está procurando se distrair… gosto de fazer humor. Tenho muita sorte de trabalhar com isso porque eu também me curo”, comentou o humorista.
Ed Gama compartilhou que está passando por tratamento com remédios para ansiedade e depressão, e enfatizou o poder curativo da comédia. “Quando levo risada para outra pessoa, quando estou fazendo um show no palco, também estou me curando. Não é só para o outro que entrego esse remédio. A gente sofre muita pressão. Estamos o tempo inteiro produzindo. É 24 horas pensando nisso”, declarou.
Ele também falou sobre o impacto das redes sociais na comédia, destacando a importância da democratização da classe, mas alertou sobre a pressão que a internet pode gerar. “Gera uma cobrança muito grande, uma pressão muito grande. Tem muita gente que quer seguir um padrão de beleza, ou que quer fazer… e aí acho que isso gerou também um momento para que todo mundo ficasse meio ruim da cabeça. É um momento também da gente dar uma desacelerada, se levar menos a sério, e aproveitar um pouco a vida também fora disso para não pirar de vez”, avaliou.
Além de trazer alegria, Ed Gama enfatizou que o humor não deve ferir. “Tudo que não se pode ser falado, não se deve ser falado. Preconceito, racismo, homofobia, gordofobia, todas essas paradas já ficaram para trás. Eu acho que quem faz e quem defende isso como humor, na verdade, tem isso como um pouco de opinião. A gente já evoluiu como sociedade, já está na hora da gente parar de ficar rindo de uma característica de uma pessoa”, concluiu, ressaltando a importância de uma comédia mais inclusiva e respeitosa.