Um ataque aéreo, atribuído ao movimento islamita Hamas, abalou a comunidade internacional na terça-feira (17), resultando em cerca de 500 vítimas fatais em um hospital em Gaza. Este trágico episódio gerou indignação global no momento em que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se prepara para sua visita à região.
O Ministério da Saúde do Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2006, declarou que “aproximadamente 500 pessoas perderam a vida no ataque perpetrado pelo ‘ocupante [israelense]’ contra o Hospital Al-Ahli Arab, na cidade de Gaza, com ‘centenas de pessoas sob os escombros'”. O comunicado também denunciou o ataque como um “crime de guerra” e afirmou que o hospital abrigava não apenas pacientes e feridos, mas também pessoas deslocadas à força devido aos ataques israelenses.
Israel, por sua vez, atribuiu o bombardeio a uma “falha no lançamento de um foguete” por parte da Jihad Islâmica, outra organização palestina ativa na região. No entanto, a Jihad Islâmica negou a acusação israelense, alegando que Israel está tentando “evitar a responsabilidade pelo massacre brutal que cometeu ao bombardear o hospital”. A Jordânia, país que mantém relações diplomáticas com Israel, responsabilizou Israel pela tragédia.
Como resposta ao ataque, a Jordânia cancelou uma reunião de cúpula regional agendada para quarta-feira em Amã, onde se discutiria o processo de paz no Oriente Médio, com a participação do rei Abdullah II da Jordânia, do presidente palestino Mahmoud Abbas e do presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou sua indignação e profunda tristeza em relação ao ataque ao hospital enquanto estava a bordo do avião presidencial, acrescentando que instruiu sua equipe de segurança nacional a investigar o ocorrido. O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou seu horror com o ataque e destacou que “os hospitais e equipes médicas são protegidos pelo direito internacional humanitário”.
Este incidente trágico amplifica a complexidade do conflito em andamento na região e enfatiza a urgente necessidade de um esforço conjunto internacional para buscar uma solução pacífica.