Prefeituras de PE protestam por crise financeira e buscam maior repasse.
Em Pernambuco, o grito de socorro financeiro dos municípios ganhou ruas e praças nesta quarta-feira, 30 de agosto. A mobilização ocorreu em adesão ao chamado da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) para uma maior atenção à crise financeira que assola as prefeituras desde o início da pandemia. O principal objetivo da manifestação é reivindicar maior repasse de recursos do governo federal, especialmente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Quase a totalidade das prefeituras pernambucanas aderiu ao movimento, com exceção de Olinda, Recife e Salgueiro. As razões destas últimas se divergiram, sendo que Salgueiro foi barrado por imposição judicial. Todavia, mesmo os gestores municipais que não aderiram à paralisação, demonstraram solidariedade ao movimento.
Em relatório, a CNM evidencia que 51% dos municípios brasileiros atualmente operam no vermelho, comparado a apenas 7% no mesmo período do ano anterior. Este alarmante déficit está sendo agravado por decisões tomadas em Brasília, que, segundo a CNM, impõem novas atribuições municipais sem disponibilizar fundos apropriados para sua execução.
No cenário estadual, 45% das prefeituras de Pernambuco encerraram o primeiro semestre de 2023 com déficits. Em diálogo com o Diario de Pernambuco, Nadegi Queiroz, prefeita de Camaragibe, expressou a severidade da situação e a motivação por trás do protesto. Ela esclareceu que os serviços municipais não foram suspensos, mas a manifestação serve como uma chamada de atenção à realidade econômica dos municípios.