O Republicanos vive tensões internas enquanto Silvio Filho é confirmado ministro.
A esperada minirreforma ministerial do presidente Lula deve ser anunciada esta semana, com destaque para a confirmação do deputado pernambucano Silvio Costa Filho, do Republicanos. De maneira surpreendente, o partido, mesmo ampliando sua presença no governo, não será oficialmente parte da base de sustentação do PT no Congresso. Estima-se que Silvio Filho possa contar com o apoio de ao menos 15 dos 41 deputados da bancada, um movimento que contraria a liderança do partido sob a batuta de Marcos Pereira, figura influente da Igreja Universal do Reino de Deus.
O cenário político se torna ainda mais complexo quando consideramos as aspirações de Pereira para a presidência da Câmara em 2023. A confirmação de Silvio Filho por Alexandre Padilha como ministro gerou reações, levando o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, a anunciar sua saída do Republicanos, sinalizando um possível racha na bancada.
No entanto, há céticos quanto à finalização da minirreforma esta semana, devido à pendência de projetos econômicos prioritários, como o marco fiscal. A Câmara ainda deve votar nas alterações feitas pelo Senado no projeto, sendo esta uma prioridade para o Planalto. Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, salientou a falta de consenso entre os líderes partidários sobre o texto. Uma reunião de líderes foi agendada para discutir o novo regime fiscal, e os desdobramentos desta discussão afetam a LDO, que estabelece as diretrizes orçamentárias federais para o próximo ano.