Lula revelou que sua esposa, Janja Lula da Silva, teve um papel crucial na decisão de não autorizar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) durante os eventos do 8 de Janeiro, quando locais de poder do país foram invadidos por extremistas. Segundo ele, Janja alertou sobre a possibilidade de a GLO entregar o governo aos responsáveis pelos atos violentos.
Durante um documentário exibido no Fantástico, da TV Globo, Lula enfatizou a contribuição de Janja. O prefeito de Araraquara, Edinho Silva, também corroborou, destacando que ela foi firme ao recusar a GLO, ressaltando o risco de isso significar um domínio militar.
Lula consultou Flávio Dino, ministro da Justiça na época, sobre a possibilidade de uma intervenção na segurança pública. Dino esclareceu que a intervenção poderia ser total ou parcial, mas sua função como senador eleito em 2022 o impossibilitava de assumir tal cargo.
Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, foi então escolhido para liderar a intervenção na segurança de Brasília, uma medida tomada após a avaliação cuidadosa do presidente e levando em conta os alertas sobre o risco da GLO.