O Brasil intensifica seus apelos ao governo venezuelano na busca por evitar conflitos com a Guiana, país vizinho com o qual compartilha fronteiras. Fontes da CNN revelam que, nos bastidores, o Brasil tem buscado manter a região pacífica, embora oficialmente adote uma postura de não interferência, considerando o referendo de anexação de território guianense um assunto interno venezuelano.
Para reforçar essa posição, o presidente Lula enviou seu assessor especial, Celso Amorim, a Caracas, e realizou videoconferência com o presidente da Guiana. Esses movimentos diplomáticos acontecem em um contexto delicado, com a Corte Internacional decidindo que a Venezuela deve “se abster” de uma área disputada na Guiana.
Em uma reunião de ministros da Defesa e de Relações Exteriores em 22 de novembro, o chanceler Mauro Vieira expressou a posição brasileira favorável a uma solução pacífica. O evento contou com representantes de 12 países, incluindo venezuelanos.
Nos bastidores, a assessoria internacional de Lula manifesta preocupação e irritação com a Venezuela. O Brasil considera inoportuna a discussão sobre a disputa territorial em meio às negociações entre o governo Maduro, a oposição e os Estados Unidos para a realização de eleições livres, em troca da retirada de sanções. O Brasil busca, assim, contribuir para a estabilidade na região, destacando a importância de resolver conflitos de forma pacífica.
