O Sport vive um dilema recorrente nesta temporada, e o técnico Enderson Moreira tem sido protagonista desse enredo. O último jogo contra a Chapecoense, com uma virada emocionante por 2 a 1, expõe um padrão que vem se repetindo: o time inicia mal as partidas, mas, muitas vezes, consegue se recuperar. Isso demonstra não apenas a resiliência da equipe, mas também uma questão crucial: as escolhas de escalação.
Observando os últimos três jogos, é possível identificar um padrão. Contra a Ponte Preta, o Sport esteve perdendo por 3 a 0 e Enderson agiu, substituindo jogadores. A entrada de Diego Souza e Felipe melhorou o desempenho da equipe, resultando em um gol e na busca pelo empate.
No confronto contra o Juventude, Negueba recebeu sua primeira oportunidade após dois meses no grupo. Contudo, sua contribuição foi limitada, assim como a eficácia do ataque, que estava capengando. No intervalo, Enderson fez mudanças táticas e viu seu time crescer, quase virando o jogo.
O mesmo roteiro se repetiu diante da Chapecoense. No primeiro tempo, Enderson testou Vagner Love como segundo atacante ou quase meia, mas o desempenho da equipe foi abaixo do esperado. No intervalo, com a entrada de Alan Ruiz e uma nova configuração tática, o Sport se transformou em um time agressivo, conquistando a virada de forma merecida.
Enderson Moreira afirmou: “Se eu pudesse, eu faria uma representação na CBF para não ter primeiro tempo. Você não escala um time mal propositalmente. Tem coisas no futebol que não têm resposta. Fizemos tudo o que tínhamos que fazer”. Isso revela a sua luta para consertar os erros iniciais.
É evidente que Enderson precisa avaliar com mais atenção as indicações que os primeiros tempos das partidas fornecem, selecionando com mais critério quem merece começar jogando. Seu desafio é não somente consertar os problemas, mas também evitar que esses erros se repitam, proporcionando ao Sport uma base sólida desde o início das partidas.